sexta-feira, 16 de outubro de 2009

O amor dos homens pelo futebol, e a reação que isso desencadeia nas mulheres...

Do site do Yahoo, para a sua casa... heheheheheee


ótima matéria!!!



MODOS DE MACHO - Cronicamente histéricos e bobos
Sex, 16 Out, 12h35

Por Por Xico Sá*, especial para BR Press

Campeonato chegando às rodadas decisivas e a nossa histeria de macho atingindo picos nunca dantes imaginados pelo doutor Sigmund Freud. Não conheço uma só fêmea, mesmo no auge de uma TPM ou de uma separação injusta, que consiga alcançar nossos decibéis tão neuróticos.

Tanto quem está no alto da tabela, o G-4, com chances de caneco, quanto os homens que já mascam o jiló do rebaixamento - os sobrinhos do tio Nelson, por exemplo, tricolores de coração grená,verde e branco, rapazes em flor à sombra das Laranjeiras.
Foi-se o tempo, velho Sigmund, que a histeria era considerada moléstia feminina. Sorte sua que nunca viu um Fla-Flu, um Corinthians x São Paulo, um Sport x Náutico, um Cruzeiro x Atlético, um Ceará x Fortaleza...

Irritante

No futebol, em momentos decisivos, temos um útero tão dominante quanto qualquer mocinha descontrolada. No boteco ou entre os cavaleiros das mesas redondas, nada mais irritante para uma mulher do que presenciar a nossa descompostura hormonal. É patético.
Quanto tempo jogado fora, quanta desatenção às crias das nossas costelas por causa de 22 machos correndo em campo atrás de uma imbecilidade esférica chamada bola. Uma das coisas mais irritantes para uma fêmea, pelo menos para as que já passaram aqui no meu cafofo, é o nhenhenhém das tais mesas redondas de futebol. Quanta balela!
TV no último volume, bate-boca sem pé nem cabeça, polêmica, roubo de juiz, bola entrou, não entrou, mão na bola, bola na mão, que time é teu, meia bola dentro é gol? Foi ou não foi pênalti, como estivesse em jogo o futuro do planeta, "foi, não foi, foi, não foi", cantiga de sapos parnasianos, na lagoa poluída da existência.
A gostosa da mulher querendo sair, um cinema, ver o filme-cabeça, ir ao teatro, a um show, jantar, qualquer programa para espantar o tédio... E você ali, na burrice do videoteipe, saltando de um canal para o outro, histérico como os comentaristas da sua estima.
Aí aparece um amigo urso e leva a moça e já era... Você fica lá ouvindo os malas explicando o insucesso do Galo, da Macaca, do Saci, do Coxa, do Peixe... Além das infalíveis estratégias, os 3x4x3, o vacilo do Vitória, a bobeira do Bahia, o poder do volante de contenção etc etc.

Ela até apela, passa de calcinha nova na frente da TV, marquinhas de biquíni e o efeito da nova matrícula na academia... Você nem ai, nem se abala, quer mais é ver a meia dúzia de gols do rubronegro baiano, o show do
Mengo, a redenção do Timão, o quase-gol do São Paulo, a disparada do Palmeiras...
Você, amigo, sei não, fala sério, até lembra aquele velho samba de Luiz Ayrão: "Esse camarada se ´androginou´/ A moça deu bola a ele / e ele nem ligou".
Pára com isso, corta essa, meu velho.
Mire-se no meu próprio exemplo. Já perdi pelo menos duas mulheres incríveis por causa de igual doença: uma balzaca de responsa; uma gazela saída à Gisele , só que mais cheinha, claro, questão de gosto, mulher com menos de 60 kg eu não encosto.
Pára com isso, compadre.

Só volto ao assunto, aliás, por causa do amigo Pereira, são-paulino da mais ampla estima, que acaba de perder também a sua amada costela. Anda inconsolável, sem rumo, cabisbaixo, chutando as tampinhas da decepção pelas ruas e sarjetas.
Recuado, volta pra casa e só lhe resta chupar o frio chicabon do zero-a-zero.
Chupa, Pereira!
"Ah, vacilei, apareceu um vagabundo e a levou pra ver a Era do Gelo 3. Levou com nosso filho e tudo, vê que sacanagem!", explica-se o crápula. Agora é tarde. Seja no esquema mata-mata, seja nos pontos corridos.

& MODINHAS DE FÊMEA
Nada para irritar mais uma fêmea do que a histeria de uma mesa redonda. Falo da maioria, claro, as ditas normais. Aí não conto as taradas, aquelas capazes de decifrar, na mosca, na hora que a bola é alçada na área, um impedimento. Daqueles difíceis, por uns fios de grama apenas, daqueles que deixam em parafuso até o próprio tira-teima.
Essas moças finas não contam, são raras, especiais. São capazes de executar um Kama Sutra inteiro dentro das quatro linhas de uma cama king-size, são capazes de nos dar um nó, de nos entortar todinhos, como Julio César "Uri Geller", aquele craque do Mengo, como Garrinchas do tantra, do sexo, do amor e da sorte.

Xico Sá, é jornalista e escritor. Nasceu no Cariri, em 1963, foi criado no Recife. Atualmente, vive em São Paulo. Fale com ele pelo e-mail xicosa@brpress.net

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